1. Trae Young, dos Hawks, apenas 22 anos, tem físico de mosquito, elegância de jaguar e a frieza de um grande mestre de xadrez. Calou quase 20 mil torcedores do Knicks desempatando o jogo praticamente no último segundo. Mais do que isso, passou a partida inteira a ditar o ritmo da sua equipe e a fazer penetrações na defesa adversária, que parecia hipnotizada com suas bolas que subiam feito balões e desciam como punhais. O Atlanta, sabiamente, bloqueou a maior arma do Knicks, Julius Randle, que logo se desconcentrou e tentou jogadas de salvador da pátria na hora errada. Foi bom ver novamente um jogo com torcida, na qual estava o fiel Spike Lee. Se ele quisesse poderia fazer um daqueles filmes chineses cheios de simbolismo, no caso, chamado “O dragão e a borboleta”.
2. Se Lebron James conseguir transmitir uns 30% do seu espírito competitivo a Anthony Davis, os Lakers têm alguma chance contra o muito bem organizado time do Suns. Davis arrastou seus 2,08 metros de um lado para o outro da quadra como alguém precisando de uma transfusão de sangue. Se isso não mudar, a velocidade do Phoenix e a mão certeira de Devin Booker vão engolir o Lakers, mesmo que seja em 7 partidas. Para não falar na liderança de Chris Paul, que voltou à quadra mesmo estando lesionado. Mas ele não joga somente com a bola na mão, é o maestro que comanda o time dentro de campo.
3. O Nets ganhou do Celtics graças à pontuação do trio Durant-Harden-Irving (ordem alfabética para não machucar nenhum dos gigantescos egos). Resta saber até quando o Brooklyn continuará vencendo apoiado somente em seus valores individuais. Basta dizer que afora estes três o restante do time só fez 22 pontos. Se um deles se machucar (o que acontece com frequência) ou se enfrentarem um time bem estruturado e com alguns valores individuais à altura, é bem possível que o Nets vá embora para casa sem anel algum.
Foto: Trae Young faz sua mágica…