/AS AVENTURAS DA Dra. Eu Ka Liptus – 15. Bancos escolares

AS AVENTURAS DA Dra. Eu Ka Liptus – 15. Bancos escolares

  1. Bancos escolares

    Bancos escolares era uma expressão antiga, do tempo em que os dinossauros ainda usavam fraldas de pano com alfinetes. Simbolizava a sala de aula, este processo arcaico e ultrapassado em que seres humanos se encontram no mesmo local para conversar e aprender uns com os outros. Como todos sabem, nos tempos que correm, só pode se aprender com Pai Google e este só ensina quando você está conectado, devidamente ligado a um aparelho. Al Tivo, sempre dado a teorias estapafúrdias, chegou a dizer, antes de virar pó, que não havia mais homens e mulheres no Cancrus, somente ciborgues, pois já não se sabia se o celular era uma extensão da pessoa ou a pessoa era uma extensão do celular.Diversas vezes, em meio a verdadeiro transe didatikus, pois como sabem este dino não batia bem da bola (sem falar que batia mal na bola), Al Tivo era despertado pelo som de um celular tocando a macarena… Ali ele percebia que sua aula era bem menos importante do que checar as últimas curtidas na postagem mais recente.

    Mas deixemos a ironia de lado , esta arma socrática também tem seus limites e agora vamos finalmente tratar de algo muito sério, embora pareça até uma piada. Não é que em pleno século XXI aquela velha expressão, bancos escolares, voltava a ter sentido? Não mais o sentido pedagógico original, do local onde se sentavam os alunos (à falta de locais mais confortáveis, onde eles talvez caíssem no sono). Mas o novo, ultra-moderno, pós-moderno, vocês vão todos pro inferno… sentido.
    Os bancos escolares, em se tratando de UFFa, porque cada universidade tinha direito às suas escolhas neste ponto, era a chamada autonomia universotária, pois bem, naquela aprazível universidade a beira do oceano, os bancos escolares eram dois.

    O Malmequer SA ficara famoso após um bate-boca entre a presidenta Foilula Quememandou e o executivo mor daquela instituição pilantreira. Apesar disso, tinha trânsito livre na UFFa, financiava as bolsinhas (que não eram nenhuma Luis Vuitton, infelizmente) do departaminto de Sexologia e as viagens a Paris, dentre muitos outros desserviços. E havia também a tradicionalíssima, Caixona Anti-econômica Fuderal, uma instituição de peso (sobre o nosso bolso) e que resolvera financiar o alpinismo social em pleno Cancrus.

    Assim é a história da sexologia nacional e da vida universotária em geral, carregada de surpresas, sem falar de juros e correção monetária.