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Bhagavad Gita – Introdução – parte I

Uma garota de classe média abandona tudo e viaja de navio e de carona até alcançar o seu objetivo: iniciar sua formação espiritual. Hoje ela é a grande mestra Glória Arieira, que estudou muitos anos na Índia e domina o sânscrito. Ela é que vai nos ensinar o que é o Bhagavad Gita, livro que ela traduziu diretamente do original e que começaremos a colocar aqui todos os dias aos pedacinhos:

“Os Vedas são o mais antigo corpo de conhecimento de que se tem registro. Apesar de antigos, continuam vivos e disponíveis na forma da cultura hindu ou védica preservada até hoje na Índia.”

(…)

“Os Vedas são quatro, Rg, Sama, Yajur e Atharva, divididos em duas partes. A primeira ensina rituais e mantras e revela sobre a ação adequada e a inadequada, denominadas dharma e adharma, e suas consequências positiva, punyam, e negativa, papam, pois o ser humano tem livre escolha sobre sua ação e está atado ao resultado de sua escolha.

Na segunda parte dos Vedas, chamada Vedanta, encontramos o que é chamado de Upanisad, diálogos entre mestres e discípulos. Vedanta afirma que as ações do ser humano são feitas com quatro objetivos: purusarthas em sânscrito: para artha, segurança, kama, prazer, dharma, um futuro melhor neste e em outra vida, e moksa, a liberação da sensação de limitação e carência. Este último é considerado o paramapurusartha, o objetivo  último da vida humana.

Fonte: Bhagavadgita, tradução do sânscrito e comentários de Gloria Arieira, volume 1. Rio de Janeiro, Vidya-Mandir editorial, 2009.

 

(continua amanhã)