/GALINHA D’ANGOLA – É preciso sempre reler

GALINHA D’ANGOLA – É preciso sempre reler

“Em obediência a um princípio recomendado por Marcel Mauss ‘il faut toujours relire’, tratamos de buscar na literatura etnográfica consagrada, de Nina Rodrigues e João do Rio aos contemporâneos, toda a informação elucidativa para o nosso problema, não importa quão fragmentária.

Nosso empreendimento, entretanto, não nos levou apenas ao âmago dos rituais, com suas constelações simbólicas. Conduziu-nos, também, ao coração do mundo afro-brasileiro com os seus problemas de identidade e inserção nas nossas hierarquias sociais. Por isso, somos devedores não só de todos aqueles que nos franquearam a etnografia do candomblé, mas, também, daqueles que se aventuraram na sempre arriscada tarefa de propor interpretações da sociedade brasileira como tem procurado fazê-lo, em muitos de seus trabalhos, Roberto da Matta, sobretudo mediante a interpretação de suas dimensões simbólicas e rituais.”

VOGEL,Arno et alii. A galinha d’Angola: iniciação e identidade na cultura afro-brasileira. Rio de Janeiro: Palllas, 1998. 2.ed.