/HISTÓRIA AOS PEDACINHOS – E.P. Thompson – esquema do artigo “Folclore, antropologia e história social”

HISTÓRIA AOS PEDACINHOS – E.P. Thompson – esquema do artigo “Folclore, antropologia e história social”

THOMPSON,E.P.

(2001) “Folclore, antropologia e história social” In: As peculiaridades dos ingleses e outros artigos. Campinas,Editora da Unicamp. 227-267.

Esquema do texto:

PARTE I – INTRODUÇÃO (227-229)

0. Prólogo: aproximou-se da antropologia para a “recuperação da cultura popular e do ritual” da Inglaterra do século XVIII (227-8)

1. De como os historiadores devem utilizar a antropologia com limites (228-229)

PARTE II – FOLCLORE (229-243)

2. Deparou-se com estas questões e percebeu o valor do folclore ao estudar a chamada sociedade “pré-industrial”, “a consciência plebéia e as formas de protesto do século XVIII”; o problema das fontes e as características de uma sociedade governada pelo costume, não determinada pelo “econômico” (229-235)

3. Tema (usos e costumes do século XVIII) e método (buscar situação atípica para iluminar as normas); o exemplo do ritual da “venda das esposas” e da necessidade de inserir os rituais analisados em um contexto mais amplo (235-238):

4. O despertar dos historiadores para novos temas (ligados ao cotidiano) e o conceito de teatro (e de simbólico) (239-243):

PARTE III – ANTROPOLOGIA (229-243)

5. Dificuldades teóricas ainda maiores na relação entre história social e antropologia; um exemplo de como o historiador não deve utilizar a antropologia (243-248)

6. A introdução de um modelo, todavia, permite ver novas formas e questões e abre a porta para a análise séria e de novo tipo; o exemplo do charivari e o valor do mesmo para o historiador, que não deve render-se mas deve dialogar com a antropologia (248-250) [Thompson é dialético até nas suas críticas]

7. Pedido de desculpas pela utilização quase exclusiva de materiais ingleses. O charivari nos vilarejos indianos. O problema das fontes: aqueles que registravam não entendiam o significado do que estavam anotando. A possibilidade de que aquilo que os administradores ingleses interpretavam como ‘fatalismo’ contivesse uma “sabedoria de sobrevivência” (250)

8. Conclusão da parte III: como deve se dar o diálogo da disciplina histórica com a antropologia? (251-252)

PARTE IV – O MARXISMO DE THOMPSON, um acerto de contas com o determinismo econômico (252-263)

9. A sua relação com a tradição marxista e no que isto implica: os conceitos têm que ser revestidos de uma “ambivalência dialética” (252)

10. Pelo abandono dos conceitos estáticos de base (ou infraestrutura) e superestrutura e da ideia de que a primeira determina a segunda(252-257)

11. A categoria do “econômico” e seus problemas: a suposição (ahistórica) de que ela exista em todas as épocas e em todas as sociedades; perspectiva de acordo com a ideologia capitalista que avalia todas as relações em termos econômicos (257-258)

12. “Em que sentido eu me insiro na tradição marxista?” A questão do modo-de-produção (que não deve ser confundido com o econômico) e da classe (que não é estática e não deriva do modo-de-produção) (258-263)

CONCLUSÃO: da NECESSIDADE DA ANTROPOLOGIA também para os historiadores marxistas (263):

“Na minha própria atividade, descobri que não posso lidar com as congruências e com as contradições do processo histórico mais profundo sem observar os problemas revelados pelos antropólogos. Estou bem ciente do fato de outros historiadores terem chegado à mesma conclusão, muito antes de mim, sem terem enxergado a necessidade de justificar a ampliação dos métodos e fontes históricas com esse tipo de dissertação teórica. Apenas a esbocei devido à minha impressão acerca da relutância dos historiadores da tradição marxista em acrescentar esse alargamento necessário, parecendo-me que essa resistência deriva de uma contrariedade teórica subterrânea, fundamentada na noção altamente restritiva do que seja ‘a economia’ e numa analogia infeliz.” (263)