SOMOS TODOS AFRICANOS – REFLEXÃO A PARTIR DE GILBERTO FREYRE
Vejam só como foi. Em 2014, fui convidado para dar uma série de palestras sobre Gilberto Freyre em vários lugares do Brasil para a FLUPP, Festa Literária das Periferias. As palestras seriam sempre para a juventude da periferia, em Curitiba, Salvador, São Paulo e Rio de Janeiro.
Em São Paulo, a palestra foi no Centro Cultural Ruth Cardoso, em Vila Cachoeirinha. Não havia público, mas de repente vejo um grupo de adolescentes bem jovens, entre 14-15 anos desembarcarem de um ônibus. Não haviam aparecido para ver a palestra, tinham sido levados até ali.
Na hora mudei minha estratégia. Ao invés de falar do pensamento de Freyre, falei com eles a partir do pensamento de Freyre, pensei de que forma eles poderiam se apropriar de Casa Grande & Senzala para pensar suas condições, seus problemas.
Depois meu querido amigo, André Argolo, dublê de poeta e cineasta fez esse vídeo com toda a sensibilidade e, perdão da redundância, toda a arte que lhe é característica.