/12 PEDACINHOS DA GRÉCIA ANTIGA – 009 – O cavalo de Tróia

12 PEDACINHOS DA GRÉCIA ANTIGA – 009 – O cavalo de Tróia

O CAVALO DE TRÓIA

Após dez anos de uma guerra incessante, com muitas perdas de lado a lado, gregos e troianos estavam muito cansados. Os gregos já haviam tentado de tudo, mas as muralhas de Tróia pareciam um obstáculo intransponível.

Dentre os heróis gregos, um deles tinha como marca registrada a astúcia, aquilo que os gregos chamavam métis. Métis, na verdade, era uma deusa que fora engolida por Zeus, fazendo com que o soberano dos deuses fosse capaz de enganar Cronos, seu pai, que engolira um a um os seus irmãos. Sem métis, sem astúcia, nem mesmo existiriam os deuses do Olimpo.

Odisseus era o herói dos mil ardis, dos disfarces, dos artifícios. Se a força bruta não resolvia, era a inteligência astuciosa que deveria entrar em campo. E foi assim na Guerra de Tróia.

Odisseus bola um plano genial. Os gregos fingiriam reconhecer a derrota troiana e se retirariam do campo de batalha. Para reforçar, deixariam um presente para os troianos bem à porta das muralhas inimigas. Como os troianos eram conhecidos por serem hábeis cavaleiros e domadores de cavalos, o presente seria um enorme cavalo de madeira. Só que lá dentro estariam cem dos melhores guerreiros gregos.

Os troianos ficaram na maior felicidade ao verem que os gregos abandonavam o campo de batalha. E a alegria aumentou ao ver que haviam deixado um presente. Abrem os pesados portões e colocam o cavalo de madeira para dentro. Em torno dele, celebram uma festa que não parecia ter hora para acabar. Mas acaba. E quando os troianos estão descansando, os cem guerreiros gregos abrem uma portinha no cavalo de madeira e saem para combater os troianos. Abrem os portões da cidadela e finalmente Tróia é conquistada pelos gregos.

Aquele presente não fora tão bom assim. É por isso que hoje em dia, quando queremos dizer que um presente na verdade é algo que nos vai fazer mal, dizemos que é um presente de grego.