“Outra imagem emerge: estou inquieto, febril, sem sono. Meu pai me carrega nos braços, vai e vem no quarto, cantarolando velhas melodias de estudante. Lembro que uma delas me agradava particularmente e sempre me acalmava. Era a canção do Soberano: ‘Que tudo se cale, e cada qual se incline…’ O começo era mais ou menos esse. Lembro-me até hoje da voz do meu pai, cantando para mim no silêncio da noite.”
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