Quem primeiro contou essa história foi um grego bem barbudo chamado Heródoto. Ele viveu há 2500 anos e agora continua vivo no livro que escreveu. Lá pelas tantas ele conta o seguinte:
Numa região da Cítia (hoje um território entre a Romênia e a Bulgária) vivia um povo que, como era de se esperar, era chamado de Cita. De repente, os citas começaram a ser atormentados por cavaleiros que apareciam do nada, saqueavam as suas cidades e fugiam quase sem ser vistos. Um ou outro cita que os vira, contou o inesperado: aqueles cavaleiros excelentes, que atiravam muito bem com o arco, eram mulheres.
Mulheres guerreiras! Era isso que os citas queriam. Ficaram com muita vontade de casar com elas, mas as amazonas, como se chamavam, fugiam rapidamente à primeira tentativa de contato.
Até que um sábio ancião propôs que os jovens solteiros fossem até a região das amazonas e ficassem à distância imitando tudo que elas faziam. Se elas montavam acampamento, eles montavam acampamento também. Com alguma distância, porque elas eram meio brabas. De início elas queriam guerrear, mas os jovens citas evitavam isso, fugindo e depois retornando para começar tudo de novo. Aos poucos, iam acampando cada vez mais perto delas e elas pararam de tentar expulsá-los.
Um dia, como era de se esperar nessa história de amor, porque o amor proporciona as histórias mais lindas, as amazonas aceitaram namorar com os citas. Logo, logo, formaram casais. Eles quiseram trazê-las para a Cítia, mas elas não quiseram. Não poderiam viver como as mulheres citas, que eram submissas aos maridos, não eram independentes, não sabiam atirar com o arco e, principalmente, não sabiam cavalgar.
Perdidamente apaixonados, os citas toparam viver com as amazonas.
E elas continuaram guerreiras, independentes e agora namorando felizes que ninguém é de ferro rsrs.