“Enquanto se tornava mais impossível encontrar uma relação positiva com o ‘Senhor Jesus’, eu me lembro que, aos 11 anos, a ideia de Deus já começara a me interessar. Rezava a Ele, e isso me dava uma certa satisfação, pois não me enredava em sentimentos contraditórios. Deus não se complicara devido à minha desconfiança. Não era um homem de batina preta nem o ‘Senhor Jesus’ representado nas imagens com vestes coloridas, tratado tão familiarmente pelas pessoas. Deus era, muito pelo contrário, um ser único e, segundo eu ouvira dizer, impossível de ser representado. Seria talvez algo assim como um homem velho, muito poderoso; mas, para minha grande satisfação, diziam: ‘Você não deve representá-lo segundo qualquer imagem ou semelhança.’ Não se podia trata-lo familiarmente como ao ‘Senhor Jesus’ que estava longe de ser um ‘segredo’. Comecei, então, a desconfiar de uma certa analogia com o meu segredo do sótão…”
(páginas 47-48)