“Nessa época de primeira infância fiz uma descoberta, convivendo com meus colegas da escola rural: eles me alienavam de mim mesmo. Na companhia deles eu me tornava diferente do que era em casa, quando só. Participava de travessuras e chegava a inventar algumas que jamais me teriam ocorrido. Sabia perfeitamente que poderia só, em casa, tramar uma variedade de coisas. Parecia-me, porém, que essa mudança era devida à influência de meus companheiros, os quais de certa forma me arrastavam e constrangiam a ser diferente do que eu pensava ser. A influência do mundo mais vasto em que eu conhecia outras pessoas além dos meus pais parecia-me dúbia, suspeita e veladamente hostil.”
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