“Como os demais signos do lugar, porém mais profundamente do que eles, o ‘sino Elias’ entranha-se na dimensão mais íntima, independente de sua propagação pública, como um grande relógio de pulso interior (ressoando, na trama fusional ‘de poder a poder’ que atravessa tudo, o nome do profeta bíblico e o nome do avô de Carlos, o capitão-mor Elias de Paula Andrade). Um ensaio de fenomenologia do lugar diz que um sino, quando ‘toca ao anoitecer, ouvido em toda a parte, […] torna o ‘lado de dentro’, o ‘privado’, parte de uma totalidade ‘pública’ abrangente”. Na Itabira drummondiana, mais que isso, é como se o sino pendulasse do familiar ao público e do público ao familiar mais íntimo, numa reverberação ostensiva da fusão entre essas esferas.”