O DRUMMOND NOSSO DE CADA DIA
BOLERO DE RAVEL
A alma cativa e obcecada
enrola-se infinitamente numa espiral de desejo
e melancolia.
Infinita, infinitamente…
As mãos não tocam jamais o aéreo objeto,
esquiva ondulação evanescente.
Os olhos magnetizados, escutam
e no círculo ardente nossa vida para sempre está presa,
está presa…
Os tambores abafam a morte do imperador.”