“AFIRMAÇÃO (continuação – B)
Transfiro as desvalorizações do amor para uma espécie de moral obscurantista, para um realismo-farsa, contra os quais ergo o real do valor: oponho a tudo ‘o que não vai bem’ no amor, a afirmação do que vale nele. Essa teimosia é o protesto do amor: debaixo do concerto de ‘boas razões’ para amar de outro modo, amar melhor, amar sem estar apaixonado, etc., uma voz teimosa se faz ouvir que dura um pouco mais de tempo: voz do Intratável apaixonado.”
Roland Barthes. Fragmentos de um discurso amoroso. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1981.