“Dizia o rabino Carlebach Carlebach que muitos se equivocam, achando que as histórias servem para fazer dormir quando, na verdade, sua maior função é fazer acordar.
A história é um causo, um fato, com a peculiaridade de o protagonista ser uma pessoa genérica, que sou eu, e de acontecer num tempo indefinido (‘era uma vez’), que é agora.
‘Eu’ e ‘agora’ são as potências das histórias. Diferentemente de uma ideia pensada como um objeto, a história nos contém no presente.
Nas histórias, a narrativa é apenas um recurso para revelar o sistema sobre o qual se dá um causo ou um padrão. Sua moral não se relaciona com a narrativa, mas com a estrutura sobre a qual acontece a história.”
(páginas 13-14)