“(Essa lógica da consagração simbólica dos processos objetivos, cósmicos e biológicos principalmente, que opera em todo o sistema mítico-ritual – como, por exemplo, o fato de tratar a germinação do grão como ressurreição, acontecimento homólogo ao do renascimento do avô no neto, sancionado ao ser-lhe dado o mesmo nome – , dá um fundamento quase objetivo a esse sistema e, com isso, à crença, reforçada também por sua unanimidade, de que ele é objeto.)”
Pierre Bourdieu. A dominação masculina. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1999. p.22.