Como era o ritual de venda de esposa, afora as variações regionais, o local:
“a) A venda deveria ocorrer numa praça de mercado reconhecida ou outro local semelhante de comércio. A antiguidade ou a familiaridade influenciavam a escolha. Frequentemente as partes interessadas se posicionavam diante da antiga ‘cruz’ do mercado ou algum marco importante: em Preston (1817), o obelisco; em Bolton (1835), o novo ‘poste de gás’. Se a venda ocorria numa grande vila sem mercado, as partes interessadas executavam a cerimônia na frente da taverna principal ou em qualquer lugar onde geralmente ocorriam transações públicas. Mas essas vendas nas vilas parecem ter sido raras, e até em grandes vilas as parte interessadas em geral se dirigiam à cidade de mercado, caminhando quilômetros até alcançar seu objetivo.”
E.P. THOMPSON. “A venda de esposas” In: Costumes em comum: estudos sobre a cultura popular tradicional. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.