“Não que eu esteja a condenar as formas diretas de caracterização – tanto que ofereci vários exemplos – , mas o melhor seria usá-las quando estivermos em plena posse dos nossos meios narrativos. Por exercício, poderíamos praticar o uso das formas indiretas para o personagem com maior complexidade da história. Por um processo que ainda precisa ser explicado, tudo o que o leitor conclui por si mesmo faz com que ele se sinta o ‘verdadeiro autor’ da narrativa, e, com isso, temos alguém feliz com o que escrevemos e que jamais esquecerá de nossa história. E não é isso que queremos dos leitores? Que não se esqueçam de nosso personagem? Que não se esqueçam de nossa história? Que não se esqueçam de nós?” ”
(página 89)