“Quando escreve um livro, o autor passa dias e dias procurando e identificando as árvores. Quando acaba, é preciso dar um passo para trás e contemplar a floresta. Nem todo livro precisa estar carregado de simbolismo, ironia ou musicalidade (afinal a prosa tem esse nome por uma boa razão), mas me parece que todos os livros – todos os que valem a leitura, pelo menos – tratam de alguma coisa. Seu trabalho, durante ou depois da primeira versão, é decidir de que coisa ou coisas trata o livro. Seu trabalho na segunda versão – um deles, pelo menos – é tornar essa coisa ainda mais clara. E isso pode demandar grandes mudanças e reavaliações. Os benefícios para você e para o leitor, serão um foco mais apurado e uma história mais coesa. Quase nunca falha. ”
(página 172)