“o personagem, salvo se está em processo de análise, não deverá ter consciência dessa problemática fundadora. Já o ficcionista, sim – nem que seja de maneira difusa. É desse material que se constroem as grandes narrativas.
Se o ficcionista pensar apenas no objetivo imediato do personagem, o fim estará muito próximo do começo. Por isso é que muitas histórias morrem nas primeiras páginas. Se, entretanto, pensar nas motivações, haverá material para trabalhar, capaz de sustentar uma obra de quinhentas páginas.”
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