“Não é uma virtude especial de uma das partes do Estado, mas a harmonia do conjunto, que faz da cidade um cosmos que a torna ‘senhora de si’, no sentido em que se diz que um indivíduo é senhor de seus prazeres e de seus desejos. Comparando-a a um canto em uníssono, Platão a define: ‘um acorde segundo a natureza entre as vozes do menos bom e do melhor, sobre a questão de saber a quem deve caber o comando, no Estado e no indivíduo.'”
Jean-Pierre Vernant, As origens do pensamento grego. Rio de Janeiro/São Paulo: Difel, 1977. p.68.