“A queda do céu, antes que meramente completando, ainda que com chave de ouro, o projeto aberto pela obra revolucionária de 1955 [Tristes Trópicos de Lévi-Strauss] – o da invenção de uma narrativa etnográfica ao mesmo tempo poética e filosófica, crítica e reflexiva -, relança-o em uma vertiginosa trajetória espiral (uma espiral logarítmica, não arquimediana) que desloca, inverte e renova o discurso da antropologia sobre os povos ameríndios, redefinindo suas condições metodológicas e pragmáticas de enunciação. ‘Caminhamos’.”
“O recado da mata”, Prefácio de Eduardo Viveiros de Castro
Davi Kopenawa e Bruce Albert. A queda do céu: palavras de um xamã yanomami. São Paulo: Companhia das Letras, 2015. p. 12.