Em sociedades com maior diferenciação interna, há uma distinção clara entre artista e público:
“À medida, porém, que as sociedades se diferenciam e crescem em volume demográfico, artista e público se distinguem nitidamente. Só então se pode falar em público diferenciado, no sentido moderno, embora haja sempre, em qualquer sociedade, o fenômeno básico de um grupo que participa da vida artística como fenômeno receptivo, que o artista tem em mente ao criar, e que decide do destino da obra, ao interessar-se por ela e nela fixar a atenção.”
Antonio Candido, “A literatura e a vida social” In: Literatura e Sociedade. São Paulo: T.A. Queiroz; Publifolha, 2000.