ADORAÇÃO
Imagens no altar
Ou imaginadas no interior:
Oramos a elas.
Elas respondem?
Os sábios nos dizem quão importante é a adoração. Assim, ajoelhamo-nos diante de altares, fazendo oferendas e sacrifícios. Em nossas meditações, somos ensinados a enxergar deuses dentro de nós e a suplicar por poder e conhecimento. Fazemos isso com grande sinceridade, até que os mestres digam que não há deuses. Então, ficamos confusos.
A estátua no altar é simplesmente madeira e folha de ouro, mas nossa necessidade de sermos reverentes é real. O deus no interior pode não ser nada além de imaginação, mas nossa necessidade de concentração é real. Os atributos do céu são conjeturas utópicas, mas a essência dessas parábolas é real. Os deuses, então, representam certas filosofias e facetas extraordinárias da mente humana. Quando nos devotamos aos deuses, estabelecemos a comunhão com esses aspectos mais profundos.
O pensamento de que estamos venerando simbolismos deixa-nos desconfortáveis. Somos educados para aceitar apenas o tangível, o científico e o material. Duvidamos da eficácia de adorar o meramente simbólico e ficamos confusos quando tal reverência ocasiona alguma transformação pessoal genuína. Contudo, a veneração realmente afeta nossos sentimentos e pensamentos. Quando os sábios dizem que não há deuses, eles querem dizer a chave para compreender todas as coisas está dentro de nós. A veneração exterior é meramente um meio de apontar para dentro, para a verdadeira fonte da salvação.