/TAO – MEDITAÇÕES DIÁRIAS 120 – Abertura

TAO – MEDITAÇÕES DIÁRIAS 120 – Abertura

ABERTURA

Nada se destina a ser.

Não há predestinação.

 

Nos textos antigos, a ideia de predestinação é muito forte, embora o uso do termo seja puramente metafórico. As pessoas, no passado, usavam a palavra para expressar sentimentos de afinidade por um lugar, uma época ou pelos outros. Nada do futuro, porém, está estabelecido.

Não há nenhum manipulador de marionetes trabalhando. Só somos responsáveis pelas nossas ações. É bem verdade que podemos ficar atolados em circunstâncias tão complicadas e de consequências tão extensas, que elas continuarão a ter ramificações no futuro. Por exemplo, se planejarmos as circunstâncias corretamente, tal como começar uma organização para ajudar os outros, então o bem durará por longo tempo. Contudo, se nos endividarmos e não fizermos nada por nós mesmos, então o mal também perdurará. Contudo, em ambos os casos, nossas situações duradouras são resultado de nossas próprias ações. Isso não é destino, é causalidade.

A causalidade vem do passado; nada atua a partir do futuro. Não há nenhum roteiro, nenhum padrão no qual se inserir. Tudo tem de ser criado, e os artistas somos nós.

Os que seguem Tao esforçam-se para ter tão poucas restrições sobre si quanto possível. Ao completar cada ação, minimizam a causalidade. Ao viver plenamente no presente, absorvem o melhor que cada dia tem a oferecer. Ao compreender que não há destino, fado nem predestinação textual, mantêm o futuro tão livre e aberto quanto possível. Essa é verdadeiramente a abertura da vida.