/TAO – MEDITAÇÕES DIÁRIAS 114 – Fé

TAO – MEDITAÇÕES DIÁRIAS 114 – Fé

Apesar de saber,

Ainda assim, crer.

Embora sem deus acima,

Ainda assim, deus dentro.

 

Não há nenhum deus, no  sentido de um pai ou mãe cósmicos, que provê tudo para os seus filhos. Tampouco há uma burocracia celeste a quem fazer petições. Esses modelos não são descrições de uma ordem divina, mas projeções de modelos arquetípicos. Se acreditamos no divino como uma família cósmica, relegamo-nos à perpétua adolescência. Se consideramos o divino como o governo supremo, somos para sempre vítimas de oficialismo insondável.

Contudo, abandonar completamente a fé não funciona. Não significa que possamos renunciar a toda crença em seres superiores. Precisamos de fé, não porque existam seres que nos punam ou recompensem, mas porque os deuses são formas maravilhosas de descrever as coisas que nos acontecem. Eles corporificam os aspectos mais elevados da aspiração humana. Deuses nos altares são metáforas essenciais para a existência espiritual humana.

A fé não deve ser abalada porque coisas ruins acontecem a nós ou porque nossos entes amados são assassinados. A boa e a má sorte não estão na mão dos deuses; portanto, é inútil culpa-los. A fé tampouco precisa ser confirmada por alguma ocorrência objetiva. A fé afirma a si mesma. Se mantivermos a fé, teremos a sua recompensa. Se nos tornarmos pessoas melhores, nossa fé terá resultados. Somos nós que criamos a fé e é através de nossos esforços que ela é validada.