CONSTÂNCIA
Sol claro sobre neve que cai: fogo e gelo.
Árvores desnudas, hirtas contra o horizonte,
Pântanos frios, abrigo de patos e gansos.
Uma marmota sentada imóvel num mourão.
Onde quer que estejamos, o fluxo constante de Tao está sempre presente. Vemos o ciclo dos opostos, como a justaposição de luz do sol e neve. Percebemos os ritmos constantes da vida: as aves aquáticas levando a vida, mesmo quando a primavera tarda em aquecer e as árvores sem folhas aguardam o calor. Todas as coisas mudam, todas as coisas movem-se constantemente. O mundo é como o girar contínuo de uma magnífica roda. Todas as coisas vêm no seu tempo.
Assim como a marmota senta-se imóvel em meio ao mover das estações, também devemos olhar para dentro e lentamente absorver o tempo. Em meio a todo o movimento, a marmota encontra tempo para ficar imóvel. Em meio a toda mudança da primavera, devemos encontrar tempo para observar a constância da devoção interior.
Não importa quanta coisa esteja acontecendo fora de nós, ainda reafirmamos o que está em nosso coração, auferindo conforto da pulsação regular. O que funciona no abrigo do lar ou do templo funciona em todas as partes. Apenas quando conhecermos tal constância, saberemos que nossa busca está tendo sucesso.