VOLTA AO LAR
Onde estava Tao quando eu me fui?
Eu não o seguia quando saí?
Você acha que há dois?
Depois de viajar por algum tempo e voltar a um lugar familiar, nós o vemos sob uma nova luz. As coisas ficaram diferentes quando não estávamos ali? Experimentamos tantas coisas novas e diferentes enquanto estávamos fora – isso também não era Tao? Como pode haver tantas diferenças?
Você pode argumentar que uma montanha é uma montanha, mas nossas posturas para com ela são mutáveis. Se tomarmos nossos pontos de vista subjetivos por algo sólido, permanente e nunca referente às circunstâncias, nossos problemas não terão fim. Contudo, se nos lembrarmos sempre de que tudo é relativo, poderemos nos mover pela vida de uma maneira muito mais dinâmica.
Não há dois caminhos. Existe apenas um. Ele é tão vasto que podemos experimentar aspectos dele muito diversos e imaginar que estamos em realidades diferentes. É uma concepção errônea. Não podemos ultrapassar Tao, nem ficar fora dele. São apenas os nossos pontos de vista que mudam a ponto de pensarmos que estamos em dimensões diferentes. No rio de Tao, somos como os peixinhos que nunca conseguem perscrutar a extensão e a amplitude da água.