/A RAINHA DE CHUTEIRAS – Capítulo 45. A dona da bola

A RAINHA DE CHUTEIRAS – Capítulo 45. A dona da bola

 

49.6

Cap.45 – A dona da bola – A Rainha de Chuteiras

Marcos Alvito

A dona da bola

 

É curioso que torcedores “expulsos” dos estádios por conta da nova ordem do futebol inglês assistam aos jogos na televisão de casa ou nos telões dos pubs. A ironia reside no fato de que as transformações ocorridas nas últimas décadas têm como causa principal o impacto da televisão sobre o futebol. A TV, literalmente, é a nova dona da bola.

Desde cedo a televisão percebeu o valor – em vários sentidos – do esporte. Na verdade, o esporte encarna um cruzamento ideal dos três principais conjuntos de práticas televisivas. Em parte é jornalismo: trata de algo que ocorre no “mundo real”, é imediato, espontâneo e imprevisível. Se puder ser transmitido ao vivo, ainda melhor. Também tem algo de drama: há uma narrativa centrada na pergunta “Quem vai vencer?”. O terceiro pilar da televisão, o entretenimento, é fortemente contemplado no esporte: é excitante, dele tomam parte “estrelas” internacionais, sua força plástica e estética é valorizada por recursos técnicos (slow motion, close ups). Além disso tudo, o esporte já tem roteiro, diretor e platéia prontos, o que barateia os custos de produção. É uma linguagem universal, compreendida no mundo todo sem necessidade de tradução ou explicação, embora possibilite múltiplos comentários.

A partir da década de 1960, a importância crescente da televisão gerou um furacão de mudanças no mundo do esporte. Em uma sociedade baseada cada vez mais no consumo e que tem na publicidade sua mola propulsora, a televisão torna-se um meio absolutamente crucial na guerra pela conquista dos consumidores. O objetivo da televisão não é produzir programas e sim audiências. Neste sentido, o esporte vai ser um aliado importante devido a sua popularidade. A exposição gerada pela televisão, por sua vez, reforça o valor do esporte junto ao público e, consequentemente, junto aos patrocinadores. As estruturas do esporte serão definitivamente abaladas por uma onda de riquezas provenientes das grandes corporações multinacionais. Isto vai desencadear uma verdadeira revolução esportiva. Na opinião do sociólogo Garry Whannel, o esporte irá tornar-se “um ramo das indústrias da publicidade e das relações públicas”.

Todos os esportes foram afetados direta ou indiretamente pela televisão. Mesmo esportes bastante populares e tradicionais como o tênis, o basquete e o vôlei alteraram suas regras para satisfazerem a televisão, mudando a forma de pontuar, por exemplo, para evitar partidas excessivamente longas – casos do vôlei e do tênis – ou para gerar mais emoção e escores mais altos – objetivo da cesta de três pontos no basquete. No tênis as mudanças foram profundas. Wimbledon passou a aceitar profissionais em 1967 devido à debandada de atletas para torneios patrocinados pela televisão e abertos a não-amadores. No ano seguinte todo o circuito de tênis passa a aceitar os profissionais. Até mesmo o tradicionalíssimo Varsity Match, uma partida de rugby disputada pelas universidades de Oxford e Cambridge desde 1872, recentemente aceitou mudar o dia e o horário da partida a pedido do patrocinador, interessado em uma maior audiência televisiva.

Os esportes menores, como era de se esperar, foram ainda mais subservientes às demandas televisivas: multiplicaram-se os eventos “feitos para a televisão” (sinuca, dardos), alteram-se as regras, o tempo da competição, a data e o horário em que ela ocorre e a forma dela ser apresentada. Tudo em nome da audiência e da consequente possibilidade de patrocínio.

O futebol, por sua popularidade, tradição e força comercial, foi um dos esportes que mais resistiu à televisão. Na Inglaterra a Football League só veio a permitir a transmissão ao vivo de partidas do campeonato inglês na década de 80. Até então, havia a transmissão da final da FA Cup, do jogo anual entre Inglaterra e Escócia e dos grandes torneios internacionais de clubes (finais da Copa Européia dos Campeões) e de seleções (Copa do Mundo). Os melhores momentos das partidas da primeira divisão inglesa eram mostrados no sábado à noite e era só isso. Esse primeiro contrato, firmado 1983, garantia apenas cinco jogos ao vivo por ano durante dois anos, valendo cinco milhões de libras (16,7 milhões de reais) a serem distribuídas por todos os 92 clubes das quatro divisões. Hoje em dia, a Sky transmite mais do que cinco jogos da Premier League ao vivo por semana, o contrato vale 2,7 bilhões de libras (9 milhões de reais) por três anos e esse dinheiro é dividido – em partes desiguais – somente entre os 20 privilegiados clubes da primeira divisão inglesa.

Propaganda da Sky promovendo a Premier League (reprodução).

Em 1991-92, a última temporada antes da Premier League, a receita da bilheteria representava 48% contra apenas 9% gerados pelos direitos televisivos. Em 2007-8, metade da arrecadação dos clubes da Premier League vinha da televisão e apenas 30% da bilheteria. Na prática, isso significa que a dona da bola tem direito a remarcar os jogos de acordo com a maior ou menor expectativa de audiência. Existe uma forte tradição na Inglaterra dos torcedores viajarem para assistir aos jogos do seu time. Há pessoas que orgulham-se de estar presentes a todos os jogos da temporada, em casa ou fora. Esses torcedores planejam as viagens com antecedência, comprando ingressos, passagens de trem, eventualmente reservando hotéis, negociando eventuais ausências no trabalho, combinando com esposa, enfim, fazendo todos os sacrifícios possíveis para seguir seu clube. Antes isso era relativamente fácil: todos os jogos eram sábados às três horas da tarde, a tabela do campeonato era divulgada meses antes e respeitada religiosamente. Os torcedores viajavam no sábado pela manhã, almoçavam e tomavam umas cervejas em um pub “neutro” e rumavam para o jogo. Retornavam para casa ao fim da tarde e ainda tinham o domingo para descansar e ficar com a família antes do retorno ao trabalho na segunda-feira. Domingo jamais foi dia de futebol na Inglaterra porque havia uma resistência por parte da Igreja Anglicana à prática do jogo no dia reservado ao Senhor. É claro que isso não impediu o surgimento das Sunday Leagues, pois os “peladeiros” queriam ver seus times no sábado e bater sua bola no domingo. Mas em termos de futebol profissional, durante um século não houve futebol aos domingos.

Quando dos primeiros contratos, firmados com a BBC (uma televisão pública e aberta), os torcedores eram avisados com um mês de antecedência caso uma partida tivesse seu horário ou dia alterados. Hoje em dia os jogos são remarcados pouco mais de uma semana antes, quando muitos torcedores já compraram ingressos e bilhetes de trem. Além disso, são marcados jogos em horários totalmente esdrúxulos: 2ª. feira à noite, por exemplo, impossibilitando viajar e voltar no mesmo dia, até por falta de transporte. Domingo às cinco horas da tarde e por aí vai…

Em um fanzine dos torcedores do Chelsea, CFCUK, um torcedor com o pseudônimo “Rayners Blue” reclama da falta de respeito pelos “torcedores que vão aos jogos”. Depois que 2.500 torcedores já haviam comprado ingressos para assistirem ao jogo com o Everton em Liverpool (quatro horas de trem a partir de Londres), a Sky mudou o jogo para uma 5ª. feira à noite. O contrário também ocorre: como o clube visitante é responsável pela venda de ingressos aos seus torcedores, cabe ao clube solicitar um determinado número de ingressos, de acordo com a expectativa de torcedores dispostos a viajar para o jogo. Pois bem, o Chelsea havia solicitado poucos ingressos para um jogo fora contra o Manchester City, pois a partida estava marcada para uma 2ª. à noite. Depois o jogo foi remarcado para o sábado à tarde, mas aí não havia mais ingressos. Ou seja: às vezes o torcedor fica com o ingresso na mão sem poder ir ao jogo e às vezes quer ir ao jogo mas não tem ingresso à mão…

Chamada da TV para o futebol de segunda à noite (reprodução).

No melhor “estilo Chelsea”, Rayners Blue conclui que o futebol vendeu a alma ao Diabo (Sky) e faz um pedido risível: “Tragam de volta o pontapé inicial das 3 horas da tarde (de sábado), abaixem os salários dos jogadores e f***-se a Sky!”. Na página ao lado, a foto de uma faixa – estendida na parede de uma casa e não em um estádio – com os dizeres: “Vocês podem enfiar o Rupert Murdoch aonde o sol não brilha”. Os torcedores podem espernear à vontade, mas o fato é que a Premier League foi criada pela e para a televisão. Se o torcedor quiser pode ir ao estádio e ajudar a criar o espetáculo que a empresa de Murdoch vende a peso de ouro para seus assinantes mundo afora. Mas tudo vai ser pensado tendo em mente o consumidor do show televisivo chamado futebol e não os torcedores dos clubes. Hoje em dia, mesmo o torcedor mais fanático acaba vendo mais jogos na televisão do que ao vivo. Tanto que até nos estádios já há telões para repetir os lances mais importantes, mostrando que mesmo aqueles com um coração de torcedor já têm alma de espectador.

Se a televisão é a dona do “espetáculo”, nada mais natural do que ser dona também dos atores: em 1998 anunciou seu propósito em comprar o Manchester United. O negócio só não foi adiante por conta de uma intensa mobilização dos torcedores do clube, que acabaram por fazer uma pressão política que resultou na proibição do negócio por parte das autoridades britânicas. Muitos torcedores, inconformados com as mudanças, criaram seus próprios clubes: além do FC United, já mencionado aqui, em agosto de 2008 havia um total de 13 clubes dirigidos por torcedores.

Há quem diga que esse é um preço que vale a pena pagar. A Premier League tornou-se a liga mais conhecida e assistida em todo o planeta e hoje o futebol inglês tem uma imagem muito mais positiva e “na moda” do que antes da Premier League. Além do sucesso comercial, os estádios continuam cheios, apesar de tudo. Com mais conforto e segurança, teria aumentado o número de mulheres presentes, hoje representando cerca de 13% do público pagante.

É possível, todavia, que a excessiva comercialização esteja colocando em risco a continuidade da tradição. Uma pesquisa realizada pela própria Premier League revelou que a idade média do público dos jogos da primeira divisão é de 43 anos. Isso é a média. Hoje menos de um em cada dez têm menos de 24 anos. Os torcedores jovens assistem aos jogos da Premier League nos pubs ou vêem os melhores momentos pela Internet.

Este envelhecimento dos torcedores foi uma política consciente dos novos donos do futebol. Os frequentadores mais velhos têm maior poder de consumo e causam menos problemas do que os bandos de jovens que formavam os hooligans. Em 1990, uma firma de consultoria contratada pela FA sugeriu uma nova “estratégia de negócios” para o futebol. Salientando que na Inglaterra da década de 80 havia crescido enormemente a disparidade entre ricos e pobres, o Henley Centre for Forecasting recomendava um “move upmarket”, ou seja, que o futebol passasse a buscar o consumidor da cada vez mais rica classe média alta. Outro ponto importante seria construir os novos estádios tendo em vista esse novo público, em busca de conforto e entretenimento para toda a família, transformando o futebol no centro de um “pacote de lazer” mais amplo, que inclui alimentação, compra de produtos (camisas, DVDs, chaveiros etc) e amplo estacionamento. Vários clubes venderam seus estádios localizados em antigos e dilapidados bairros operários para cadeias de supermercados ou empresas de construção imobiliária e mudaram-se para locais próximos às auto-estradas.

Um desses clubes foi o Coventry City, um time fundado no século XIX por operários de uma fábrica de bicicletas. Em 2005 eles demoliram o estádio onde eles haviam jogado por 106 anos, Highfield Road, literalmente cercado dos quatro lados por residências modestas. Em uma outra visita à Inglaterra, tive oportunidade de ir até lá. A entrada principal do estádio era no fim de uma rua sem saída com casas de tijolinhos vermelhos absolutamente iguais dos dois lados. Em um muro em torno do estádio havia a pichação: “Coventry City FC till I die” (Coventry City até morrer). Ao lado, uma oficina de automóveis.

Equipes de Oxford à esquerda e Cambridge perfiladas para o The Varsity Match de 2007. Foto: Marcos Alvito (arquivo pessoal).

Mudaram-se para um novo e moderna “Arena” nos arredores da cidade (perto de uma auto-estrada), batizada com o nome de um patrocinador em troca de 10 milhões de libras. Ao lado do estádio – bem perto de um enorme supermercado – há um cassino e um shopping. E há um hotel no interior do próprio estádio, com 46 quartos duplos com vista para o campo de jogo. Um ousado empreendimento comercial. Tão ousado que levou o clube à falência e quase pôs fim a 125 anos de história completados em 2008. Na temporada de 2007-8, esteve ameaçado de cair para a terceira divisão até a última rodada. O Coventry teve que vender a “Arena” e hoje paga aluguel para disputar suas partidas ali.

O clube nunca foi um dos maiores da Inglaterra. O único título significativo foi a memorável conquista de uma FA Cup em 1987 contra o Tottenham Hotspur. Mas sempre foi uma equipe tradicional, que frequentou a primeira divisão ininterruptamente entre 1967 e 2001. Tem uma torcida fiel e apaixonada, como pude comprovar em um jogo que contra o West Ham pela Copa da Liga Inglesa, hoje renomeada por uma fabricante de cerveja. O Coventry perdeu por 2×1 diante de uma “arena” lotada apesar do jogo ser no meio de semana e à noite. Antes do jogo começar, vi um vendedor ambulante oferecendo camisas que comemoravam a “glória” de ter batido o um time reserva do Manchester United por 2×0 em uma etapa anterior da mesma competição. No interior da loja do clube, havia posteres e DVDs à venda celebrando a vitória sobre o super-clube. Talvez as próximas gerações prefiram tão simplesmente torcer para o Manchester United, time de coração de um entre cada cinco ingleses.

Camisa celebra vitória do Coventry sobre o Manchester United. Foto: Marcos Alvito (arquivo pessoal).

A enorme crise em que estava afundado o futebol inglês durante a década de 70 e 80 transformou a venda dos direitos para a TV em uma tábua de salvação para os clubes. Na verdade, os clubes, sobretudo os maiores, não estavam interessados somente na venda dos direitos e sim na possibilidade de patrocínio que as transmissões televisivas geravam. Para se ter um idéia, basta citar o exemplo do Liverpool. Em 1980, antes da transmissão ao vivo dos jogos, o clube da terra dos Beatles arrecadava 50 mil libras (167 mil reais) por ano com patrocínios diversos. Em 1993, depois da criação da Premier League e da retransmissão dos jogos, ao vivo, para centenas de países, os diversos patrocínios (incluindo royalties e anúncios no campo) somavam mais de três milhões de libras (10 milhões de reais). É claro que tanto a televisão quanto os patrocinadores estão muito mais interessados nos “grandes” clubes, com mais apelo junto ao público televisivo. Eles têm uma exposição maior na televisão, o que os torna ainda mais populares e permite arrecadar cada vez mais dinheiro com patrocínios, o que lhes permite comprar os melhores jogadores, conseguindo atrair mais público e conquistar títulos e por aí vai… É claro que no caso da imensa maioria dos clubes é o contrário: pouca exposição na televisão, pouca verba de patrocínio, pouco dinheiro para contratar jogadores, fuga do público, endividamento, crise…

Tudo isso é justificado pela ideologia do livre mercado: se os clubes “menores” não conseguem dinheiro de patrocínio isso é problema deles. Há a ilusão de que a competição é livre e igual e que os mais competentes irão prosperar. Na prática, somente em termos de direitos televisivos, equipes (ou companhias?) como o Chelsea ou o Manchester United arrecadam mais de cem vezes do que um pequeno clube da terceira ou da quarta divisões como o Carlisle ou o Hereford United. Esse é um exemplo de como o futebol é informado mas também informa a ideologia dominante, justificando-a aos olhos de bilhões de pessoas no mundo todo.

Essa ideologia do neo-capitalista do “livre mercado” justifica os escorchantes preços dos ingressos. Teoricamente, o bilionário patrocínio da televisão permitiria aos clubes baixar o preço dos ingressos para permitir a presença de torcedores que apoiaram o clube durante décadas. Mas se há pessoas interessadas e em condições de pagar duzentos reais para assistir a um jogo do Chelsea ou do Arsenal, porque baixar os preços? Afinal, os clubes são empresas voltadas para consumidores.

A nova arena que o Coventry perdeu por conta das dívidas. Foto: Marcos Alvito (arquivo pessoal).

Se você não conseguir comprar ingresso para um jogo do Arsenal, pode frequentar uma das duas gigantescas lojas do clube. Na ausência de dribles, passes milimétricos e cabeçadas certeiras, podemos nos contentar com uma caneca vermelha, bolas de golfe com o símbolo do canhão, meias, chaveiros, almofadas, pijamas, canetas, balas, cadernos, chocolates, relógios e até camisas do Arsenal com nosso nome gravado, a quase duzentos reais cada uma, fabricadas por menos de vinte reais em algum país do “Terceiro Mundo”.

Além das quinquilharias, o fiel torcedor poderá gastar o seu dinheiro com o Arsenal de diversas maneiras: fazendo a assinatura da TV a cabo para ver os jogos, pagando para receber mensagens no seu celular com as últimas notícias do clube, comprando um passe eletrônico para ver os gols pela Internet, adquirindo o DVD da última temporada ou as dezenas de enciclopédias, biografias e autobiografias que são publicadas a todo ano. Sem falar no pão-nosso-de-cada-dia: as páginas esportivas dos jornais, as revistas especializadas e é claro, a cerveja no pub com os amigos, vendo e comentando os jogos da rodada.

Em The Football World, uma obra brilhante sobre o futebol inglês na primeira metade da década de 1980, o sociólogo inglês Stephen Wagg chega a afirmar que o futebol foi totalmente redefinido pela televisão como “uma excitante mistura de ação e habilidade praticada por pessoas famosas, e que outras pessoas famosas comentam, na televisão.” Poucas semanas antes do início da temporada 2008-2009, o The Times publicou uma matéria de duas páginas no The Game, seu caderno dedicado exclusivamente ao futebol (sobretudo à Premier League). O texto não tratava das ricas e milionárias transferências de jogadores, nem tampouco de prognósticos e análises acerca da temporada prestes a começar. O título da reportagem já dizia tudo: “We know what you did this summer… Life’s a beach for the Premier League elite” (Nós sabemos o que vocês fizeram no verão… A vida é uma praia para a elite da Premier League). Um texto mínimo cheio de gracinhas e uma dúzia de fotos no melhor estilo “Caras”: Ballack finalmente se casando com a velha namorada, Fernando Torres recebendo uma aplicação de óleo de bronzear, Frank Lampard pegando sol em um iate em Mallorca, Cesc Fábregas pilotando jet-ski, Cristiano Ronaldo dando seus mergulhos na Sardenha…