Pesquei o poeta e o poema em um post desta usina de vida e ideias – com o perdão da redundância – chamada Dona Norma Walker. Com a devida autorização aqui publico o poema e o texto de apresentação que ela fez.
“Em 1o de fevereiro seria o aniversário de Langston Hughes, o escritor, poeta e dramaturgo mais famoso do movimento modernista norte-americano conhecido como Harlem Renaissance, o surgimento em penca de grandes autores do conhecido bairro negro de Nova York na década de 1920. Em mais de 800 poemas e em peças de teatro, retratou uma realidade que Barack Hussein Obama, grande admirador seu, só podia conhecer por meio da literatura. Aqui está um poema seu, tradução de Débora Landsberg.”
Harlem [Sonho protelado]
O que acontece com um sonho protelado?
Feito uva ao sol fica seco e enrugado?
Ou escorrido o pus — fica que nem ferida, infeccionado?
Feito carne podre ele fede?
Ou açucara e forma crosta-
feito um doce melado?
Vai ver é como um fardo
que levantar ninguém pode.
Ou será que ele explode?
Harlem [Dream Deferred]
What happens to a dream deferred?
Does it dry up like a raisin in the sun?
Or fester like a sore—
And then run?
Does it stink like rotten meat?
Or crust and sugar over—
Like a syrupy sweet?
Maybe it just sags
like a heavy load.
Or does it explode?