MOLDAR

A oleira na roda.

Do centralizar ao pote pronto,

Cresce a forma e decrescem as opções;

A maciez torna-se dureza.

Quando uma oleira começa a moldar um pote, ela pega um pedaço de argila, transforma-o em uma esfera tosca e o atira na roda para girar. Ele pode cair fora do centro, e ela deve começar cuidadosamente a dar-lhe forma, até que se torne um cilindro liso. Então, ela trabalha a argila, esticando-a e comprimindo-a alternadamente. Primeiro é uma torre, depois um cogumelo achatado. Só depois de o fazer subir e descer várias vezes é que ela lentamente espreme a argila em rotação até que seus contornos se ergam da roda. Ela não pode continuar por muito tempo, já que a argila começará a ficar ‘cansada’ e cederá. Ela lhe dá a forma que imagina e a coloca de lado. No dia seguinte, a argila estará dura como couro e ela poderá virá-la para fazer o pé. Pode rabiscar algum ornamento na superfície. Por fim, o recipiente irá ao fogo e, então, as únicas opções serão as cores a serem aplicadas; a forma não pode ser mais mudada.

É assim que damos forma a todas as situações em nossa vida. Devemos dar-lhes uma forma tosca e, depois, atirá-las ao centro da nossa vida. Devemos esticar e comprimir, testando a natureza das coisas. À medida que moldamos a situação, devemos saber que forma queremos que as coisas assumam. Quanto mais uma coisa se aproxima da conclusão, mais dura e mais definida se torna. As opções diminuem, até que o impacto pleno da nossa criação seja tudo o que existe. Beleza ou feiúra, utilidade ou fracasso, tudo vem do processo de moldar.”