INTERAÇÃO
Tornamos a vida real
Pelos pensamentos que projetamos
O panorama do mundo objetivo não tem significado até interagirmos com ele. Por exemplo, se existe uma rocha pela qual passamos dia após dia sem notar, ela não tem nenhum significado para nós. Se decidimos tornar essa rocha um objeto votivo e oramos a ela por décadas, essa rocha torna-se bastante importante. Para um forasteiro que não subscreva o significado atribuído à rocha, ela continuará sendo apenas uma rocha. De qualquer modo, a rocha era apenas uma rocha. Foi apenas a interação humana que criou seu significado.
É um erro supor que o significado que damos a algo é tão concreto e tangível quanto o próprio objeto. Não devemos confundir os dois. Por exemplo, nossa casa pode ser preciosa para nós, mas nossa percepção daquilo que é precioso não tem nenhuma relação com o edifício – ela vem dos valores e memórias que associamos a ele. Se perdermos nossa casa, devemos lembrar que é o sentimento que temos por ela, não apenas a edificação, que determina a nossa perda.
Se toda percepção da realidade é subjetiva, algumas escolas de pensamento sugerem que consideremos tudo como irreal. Em contraste, os seguidores de Tao sustentam que ainda devemos interagir com o mundo. Se não tomamos a iniciativa e trabalhamos com esses fenômenos de projeção de significado e recepção de seus ecos, caímos em estado de dormência, e o mundo de modo algum existirá para nós. Se lembrarmos que os significados que atribuímos aos objetos são subjetivos, evitaremos erros.