INTERPRETAÇÃO
Tudo que experimentamos é subjetivo
Não existe sensação sem interpretação.
Criamos o mundo e a nós mesmos;
Somente quando paramos é que enxergamos a verdade.
O mundo existe, mas não podemos ser unos com ele nos nossos estados normais de consciência. Nossas mentes conhecem o mundo tirando conclusões a partir de dados oriundos dos nossos sentidos. Tudo o que sabemos é filtrado e interpretado.
Portanto, não há objetividade ou conhecimento direto do mundo. Tudo é relativo porque estamos, cada um de nós, condenados a nossos pontos de vista específicos. Enquanto temos todos perspectivas diferentes, enquanto a percepção vale-se de nossos sentidos, não pode haver uma verdade absoluta. Todo conhecimento originado na experiência, por mais valioso que possa ser, é imperfeito e meramente provisório.
Só vislumbramos a verdade interior quando desligamos o mecanismo da interpretação. Se pudermos nos retirar das atividades dos sentidos e isolar a parte da mente responsável por filtrar os dados sensórios, então poderemos interromper o processo contínuo de interação com o mundo exterior. Estaremos, então, em um lugar neutro, inteiramente voltado para dentro. Permaneceremos em um estado absoluto, inteiramente sem distinção nem relatividade. Ele é chamado nada, e é a verdade subjacente a todas as coisas.