“Dir-se-ia que para ser inteiramente moderno é preciso ser antimoderno: desde os tempos de Marx e Dostoievski até o nosso próprio tempo, tem sido impossível agarrar e envolver as potencialidades do mundo moderno sem abominação e luta contra algumas de suas realidades mais palpáveis. Não surpreende, pois, como afirmou Kierkgaard, esse grande modernista e antimodernista, que a mais profunda seriedade moderna deva expressar-se através da ironia.”
BERMAN,Marshall. Tudo que é sólido desmancha no ar: a aventura da modernidade. São Paulo: Companhia das Letras, 1986. p.14.