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Para ler Grande sertão: veredas – Parte 2 – Sete dicas

7 DICAS PARA LER Grande sertão: veredas

1. Basta querer ler. Pode ler sem medo, é um livro delicioso, prazeroso feito café no fogão a lenha. Não é difícil e sim rico e complexo, o que é uma outra coisa;

2. O livro não é dividido em capítulos, é uma espécie de longa conversa entre um ex-jagunço (agora fazendeiro) e um doutor (cuja fala nunca aparece). Mas tem uma manha: no início o narrador conta tudo de forma embaralhada, sem ordem cronológica. Tenha paciência que logo depois a história vai ficar mais alinhada e, portanto, mais fácil de ler;

3. Que nem um sertanejo, não tenha pressa. A história é muito interessante, sem dúvida, mas no GSV é a maneira de contá-la e o que se aprende com ela que importam mais; o próprio Guimarães Rosa dizia que o leitor não deveria “sair correndo atrás da história”, ou seja, antes de se importar com a trama, deveria prestar atenção no conteúdo e na forma.

4. A máxima para ler o livro é a fala de Riobaldo, o narrador e protagonista: “Tudo é e não é”. Cada história, cada nome, cada ação ou discurso, tem sempre mais de um significado. Aos poucos você vai percebendo, fique tranquilo(a).

5. Leia sem parar. Não vá ao dicionário (neste primeiro momento), pois há muitas (não tantas quanto se pensa) palavras inventadas pelo autor. Mas repare que pelo contexto é quase sempre possível entender o significado de determinada palavra.

6. Claro que é impossível não se identificar ao menos um pouquinho com Riobaldo, o narrador. Mas é necessário também desconfiar dele… Mais eu não digo pra não estragar as surpresas.

7. Terminou de ler? Gostou? Bacana. Agora é que vem o melhor da história: GSV é daquele tipo de livro que fica melhor a cada leitura. Experimente ler de novo