Outro importante estudo veio a luz em 1958: Trilhas no Grande sertão. Logo de saída, na “Introdução”, Manuel Cavalcanti Proença faz uma importante comparação entre a obra e o meio físico em que ela se desenrola, “por estas seiscentas páginas sem capítulos”:
“Contínuas, mas não uniformes, imitam a região dos campos do planalto onde se sucedem sempre, sem extremar-se, os cerrados, as matas ciliares dos rios, as abertas, as várzeas das cabeceiras com buritis e buritiranas escutando conversas de araras e maracanãs.” (3)
Neste sertão ou sertões de Mato Grosso, Goiás, Bahia e Minas Gerais, a natureza seria marcada pelos opostos violentos: períodos de seca quase absoluta alternando-se com grandes chuvas, ventos que espalham a chama até um riacho que lhes barre o caminho, solo“encarvoado” que reverdece em horas “logo nas primeiras chuvas do fim de setembro” (3).
Conclui para fechar esta parte:
“Neste mundo, fogo e água, Deus e o Demo, Guimarães Rosa acendeu gambiarras para Riobaldo passar.” (4)
Bibliografia:
PROENÇA, Manuel Cavalcanti. (1958) Trilhas no Grande sertão. Rio de Janeiro: Departamento de Imprensa Nacional.