Haveria uma “superposição de planos” que poderiam ser divididos em três partes: “A primeira, individual, subjetiva, que acabamos de resumir, antagonismo entre os elementos da alma humana; a segunda, coletiva, subjacente, influenciada pela literatura popular que faz do cangaceiro Riobaldo um símile de herói medieval, retirado de romance de cavalaria e aculturado nos sertões do Brasil Central [o que será o segundo capítulo do livro de Proença]; a terceira, telúrica, mítica, em que os elementos natu- (9)
rais – sertão, vento, rio, buritis – se tornam personagens vivos e atuantes.” (10)
Esta análise, todavia, seria uma simplificação “pois que as várias camadas se interpenetram”(10)
“Decorre dessa complexidade uma abundância de elementos alegóricos, uma simbologia muito densa, além do caráter polissêmico das personagens.” (10)
PROENÇA, Manuel Cavalcanti. (1958) Trilhas no Grande sertão. Rio de Janeiro: Departamento de Imprensa Nacional.