/ROSIANA 020 – O plano mítico – O destino

ROSIANA 020 – O plano mítico – O destino

Destino

‘Se não tivesse parado por um lugar, uma mulher a combinação daquela mulher acender a fogueira, nunca mais nessa vida teria topado o Menino?’

“Na pergunta do barranqueiro do São Francisco, Riobaldo está medindo a parte do Destino em sua história. Porque o Menino que só por acaso reencontrara, tinha sido a sua própria vida de jagunço. Sem ele não teria havido a demanda dos judas, o pacto com o Demo, tanta luta, glória e amargo desespero.
– ‘O Urutu-Branco?’ – pergunta, recordando. ‘Ah, esse… tristonho levado, que foi – que era um pobre menino do destino…'” (59)

“Não lhe cabe responsabilidade do que foi, joguete dos fados. ‘Podia até ser: padre sacerdote, se não chefe de jagunços.’ Nascera chefe e sabia disso: – ‘Para outras coisas não fui parido’. E sabia que ‘as coisas acontecem é porque já estavam ficando prontas, noutro ar, no sabugo da unha.'” (62)

Também Diadorim tinha seu destino marcado, desde o berço ‘para o dever de guerrear e nunca ter medo, e mais para muito amar, sem gozo de amor’ (64)

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(Continua, se os deuses forem bons 🙂 )

Bibliografia:

PROENÇA, Manuel Cavalcanti. (1958) Trilhas no Grande sertão. Rio de Janeiro: Departamento de Imprensa Nacional.