/ROSIANA 055 – “A pecuária foi uma espécie de filha-pobre da economia colonial” (31) – vantagens para os fazendeiros e para os empregados

ROSIANA 055 – “A pecuária foi uma espécie de filha-pobre da economia colonial” (31) – vantagens para os fazendeiros e para os empregados

O empresário desprovido de maiores recursos podia iniciar a atividade com um pequeno investimento, erguendo uma casa com cobertura sobretudo de palha, currais e algumas cabeças de gado. (32)

Para os trabalhadores, os poucos necessários, as tarefas não eram consideradas as piores. “Seja para o vaqueiro, que cuida do gado dentro da fazenda, seja para o boiadeiro, que se encarrega da condução das boiadas fora delas, o gado propiciou tarefas não tidas por vis na sociedade colonial: o fato é que a pecuária sertaneja sempre foi trabalho para homens livres.” (32)

Além de não ter que trabalhar de sol a sol todos os dias, o trabalhador perambula, dando-lhe “no mínimo, um simulacro físico de liberdade” e, ao mesmo tempo, anda a cavalo, sinal de posição já em Portugal: ‘Homem a pé, esses Gerais comem’. (32)

Bibliografia:

GALVÃO, Walnice Nogueira.
(1972) As formas do falso. Um estudo sobre a ambiguidade no Grande Sertão: Veredas. São Paulo: Editora Perspectiva.