Para Proença, Diadorim “simboliza, algumas vezes, o anjo-da-guarda, a consciência de Riobaldo.” Certa vez distrai Riobaldo da ideia fixa de fazer um pacto com o Diabo e este último se esconde de Diadorim quando resolve pactuar (10); Diadorim também o impede de matar o leproso e d’outra feita teme pela salvação de Riobaldo, a ponto até de esquecer do ciúme e mandar um recado para Otacília rezar pelo noivo. (11)
Outra prova deste papel de Diadorim: “Diadorim é o maior inimigo do Hermógenes, e, então, transfigurado no arcanjo Miguel, é ele quem vence e mata o Pactário.” (12)
O próprio Riobaldo, “quando Diadorim morre, quando o Anjo o deixa”, desmaia: “‘Como de repente não vi mais Diadorim! No céu um pano de núvens.'” (12)
Bibliografia:
PROENÇA, Manuel Cavalcanti. (1958) Trilhas no Grande sertão. Rio de Janeiro: Departamento de Imprensa Nacional.