“A lógica do capital determinou que as melhores terras, as litorâneas e férteis, fossem reservadas para a lavoura da cana; a produção do açúcar, baseada no braço escravo, ocupa a posição de empreendimento prioritário que determina a posição de todos os demais. Mas, para garantir que a produção de açúcar fosse possível, era preciso garantir a subsistência de todas as pessoas envolvidas no processo produtivo e em sua comercialização: e essa é a razão da criação de gado”, além de também fornecer força-de-trabalho para o engenho. (31)
Por outro lado, havia terra sobrando, mesmo que não aproveitável para o cultivo principal. Há outros fatores que também contribuem para a criação de gado no sertão: o gado é uma mercadoria que transporta a si mesma e a necessidade de capital e de mão de obra é mínima. (31)
Bibliografia:
GALVÃO, Walnice Nogueira.
(1972
) As formas do falso. Um estudo sobre a ambiguidade no Grande Sertão: Veredas. São Paulo: Editora Perspectiva.
(1972