E também afirma ter outro instrumento do letrado, a memória: ‘Assim é que digo: eu, que o senhor já viu que tenho retentiva que não falta, recordo tudo da minha meninice.’ E mais: ‘Mire veja: sabe por que é (82)
que eu não purgo remorso? Acho que o que não deixa é a minha boa memória. A luzinha dos santos arrependidos se acende é no escuro. Mas, eu, lembro de tudo’ (83)
GALVÃO, Walnice Nogueira.
(1972) As formas do falso. Um estudo sobre a ambiguidade no Grande Sertão: Veredas. São Paulo: Editora Perspectiva. p.82.