“Não quero dizer que os outros esportes sejam desinteressantes – muito ao contrário. Mas é que neles, em geral, há um foco mais cerrado sobre cada momento contábil, em que se traduz em números ou em ganho de território o embate frontal de performances e competências. No beisebol, no futebol americano, no vôlei, no basquete, no tênis, temos uma série de alternâncias de ataques e defesas, de confrontos repicados, individuais ou coletivos, que vão varrendo exaustivamente acertos e erros e sinalizando-os em posições e em números.”
José Miguel Wisnik. Veneno Remédio: o futebol e o Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.