“As duas observações, vindas de críticos de formação marxista [Hobsbawm e Eagleton], sugerem curiosamente o futebol – para o bem e para o mal – como o elo perceptível que sobrou da relação entre as partes, no mundo contemporâneo, ou como o fio tênue entre a pós-modernidade e a resistente mise-en-scène de valores que a modernidade dissipou – situação que eu tento definir, mais adiante, como uma espécie de quadratura do circo.”
José Miguel Wisnik. Veneno Remédio: o futebol e o Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.