“Esquadrinhamos em primor lugar, o discurso sobre a galinha d’angola. Além de registrar descrições naturalísticas, populares ou eruditas, escutamos mitos, anotamos pronunciamentos oraculares, ouvimos cantigas sacrificiais e comentários litúrgicos. A riqueza dessas informações revelou-se assombrosa pela abundância e variedade. Os episódios da saga mítica da galinha d’angola, em particular, representaram, para a pesquisa, um primeiro momento de vertigem e iluminação. Tudo parecia, de repente, fazer sentido. Tanto sentido que era quase impossível traduzi-lo em palavras.”
VOGEL,Arno et alii. A galinha d’Angola: iniciação e identidade na cultura afro-brasileira. Rio de Janeiro: Palllas, 1998. 2.ed.