A MULHER (do Hermógenes) – Parte 1 - (tem spoiler) Marcos Alvito O mundo de Grande sertão: veredas é sobretudo um mundo masculino. O amor entre Riobaldo e Diadorim floresce em meio a duas guerras…
ROSIANA 090 – Riobaldo tem a nostalgia das…
"Fica sempre, em Riobaldo, a nostalgia das letras. Em suas andanças de jagunço, encontra vagar e interesse para ler um livro. 'Mas o dono do sítio, que não sabia ler nem escrever, assim mesmo possuía um…
ROSIANA 089 – O destino duplo de Riobaldo:…
'O senhor saiba: em toda a minha vida pensei por mim, forro, sou nascido diferente. Eu sou é eu mesmo. Divêrjo de todo mundo...' "Narrador-personagem, Riobaldo examina as linhas de seu destino duplo de jagunço-letrado."…
ROSIANA 088 – A riqueza e a complexidade…
"Por um lado, subjaz a esse discurso um parentesco muito grande com o falar sertanejo(ou falares sertanejos); o leitor com ele familiarizado nota-o imediatamente." (71) "Acontece, todavia, que Guimarães Rosa explora ao máximo as possibilidades do modelo,…
ROSIANA 087 – A oralidade fictícia de Grande…
"Mas é preciso lembrar que se trata de 'fala' e não de fala. A magnífica oralidade do discurso é uma oralidade ficta, criada a partir de modelos orais mediante a palavra escrita. Por isso mesmo, é impossível…
ROSA SE VIA COMO UM HOMEM DO SERTÃO
"nós, os homens do sertão, somos fabulistas por natureza. Está no nosso sangue narrar histórias; já no berço recebemos esse dom para toda a vida. Desde pequenos, estamos constantemente escutando as narrativas multicoloridas dos velhos,…
A QUINTA TRAVESSIA – MAKING OF
A vida vai passando sorrateira e a gente faz que não percebe. Hoje me dei conta que vou começar o quinto curso de leitura de Grande sertão: veredas. Prestes a embarcar novamente na aventura do…
ROSIANA 086 – O monólogo de Riobaldo é…
"É o monólogo, contendo um diálogo pela alusão a um interlocutor, que determina a opção pela fala. As frases interrogativas e exclamativas, as interjeições, os expletivos, as frases truncadas e entrecortadas, definem o discurso que se dá…
ROSIANA 085 – O monólogo-diálogo entre Riobaldo e…
"O travessão que precede a primeira palavra do romance, e que só se fecha no ponto final da última página, instaura o monólogo como um dos lados de um (69) diálogo; mas o diálogo que se contém…
ROSIANA 084 – A verossimilhança da narrativa de…
'- Nonada. Tiros que o senhor ouviu foram de briga de homem não, Deus esteja.' "A situação de narrar que Guimarães Rosa propõe tira sua verossimilhança de tantas outras a que estamos acostumados: o depoimento de…
O ENGANO DE RUY CASTRO, O HISTORIADOR CARCEREIRO…
Quando as cartas começaram a se aproximar de 1960 a onda de tristeza foi se erguendo na alma. Sabia o ano em que elas iriam cessar. O fio da vida de Guimarães Rosa seria cortado…
DIÁRIO DO SERTÃO – DIA 12 – EM…
Descobri que alucinação vem do Latim: alucinari, “vagar mentalmente, sonhar, divagar”. Na minha etimologia imaginária, viria de luz, pois o céu de Itacambira me pôs a sonhar e a acreditar na existência de Diadorim. Mas…
DIÁRIO DO SERTÃO – DIA 11 – PÃO…
Brincava com meus alunos perguntando qual é a maior aspiração do homem (e da mulher). Ficavam atônitos quando respondia ser café com leite e pão com manteiga. Parece pouco, mas significa que você está vivo…
DIÁRIO DO SERTÃO – DIA 10 ITACAMBIRA –…
O dia amanheceu nublado e frio em Grão Mogol, mas os meus arrepios vinham de saber que estava indo para a terra de Diadorim, Itacambira. Diadorim é o grande mistério do livro. É uma personagem…
DIÁRIO DO SERTÃO – DIA 9 – A…
Adoro acordar antes do sol, sobretudo em viagens. Se for para ficar na cama dormindo, a daqui de casa é bem confortável. Ontem tinha sido um dia cansativo com as idas e vindas entre Grão…
DIÁRIO DO SERTÃO – DIA 8 – BOTUMIRIM…
Um daqueles típicos dias de viagem: você não acha o que procurava e encontra o que não imaginava. Acordei às cinco e lá fui eu escrever um diário atrasado. O melhor de estar em um…
DIÁRIO DO SERTÃO – DIA 7 – GRÃO…
DIÁRIO DO SERTÃO - DIA 7 GRÃO MOGOL – A CIDADE DE PEDRA Sétimo dia de viagem. Depois do café, esperei uns minutos para sair de São Francisco em horário rosiano, às seis horas e…
DIÁRIO DO SERTÃO – DIA 6 – SÃO…
DIÁRIO DO SERTÃO - DIA 6 SÃO FRANCISCO, A CIDADE Parti de Urucuia antes do sol nascer. O burrinho pedrês iria enfrentar seu desafio maior: setenta e três quilômetros de estrada de terra.…
DIÁRIO DO SERTÃO: DIA 5 – O SERTÃO…
DIÁRIO DO SERTÃO: DIA 5 O SERTÃO É DO TAMANHO DO MUNDO Não sei se o Urucuia é o centro do mundo. Para um rosiano, de qualquer forma, o rio é o centro do sentido…
DIÁRIO DO SERTÃO: DIA 4 – DOMINGÃO EM…
DIÁRIO DO SERTÃO: DIA 4 DOMINGÃO EM URUCUIA Na noite anterior, precisava caminhar um pouco depois de me empanturrar de iscas de peixe e batatas fritas. Segui pela avenida principal (e única) da cidade e…
DIÁRIO DO SERTÃO – DIA 3: NO URUCUIA,…
DIÁRIO DO SERTÃO – DIA 3 NO URUCUIA, APRENDENDO COM CARI Da primeira vez que estive diante do rio Urucuia, viajando com meus amigos Gustavo e Yan, logo me banhei em suas águas. Foi o…
DIÁRIO DO SERTÃO – DIA 2: “URUCUIA? PRAZER.…
DIÁRIO DO SERTÃO - DIA 2: “URUCUIA? PRAZER. MEU NOME É JÉSSICA” (Andrequicé – Urucuia) Dormi bem na Pousada de Dona Olga. Aos oitenta anos ela ainda faz a cama dos hóspedes e cuida para…
DIÁRIO DO SERTÃO – DIA 1: “SERTÃO: É…
DIÁRIO DO SERTÃO - DIA 1: “SERTÃO: É DENTRO DA GENTE” (Rio - Andrequicé) Grande sertão: veredas é um livro feito de viagens, ou de travessias, como prefere dizer o velho fazendeiro que narra a…
MIRAGENS ROSIANAS
MIRAGENS ROSIANAS Marcos Alvito O maior amigo do homem é o freio de mão. É o que você aprende ao chegar de carro a Belo Horizonte. Sair das retas filosóficas do sertão para o freia-e-anda…
ROSIANA 083 – Os catrumanos e a visão…
"O sertão comparece, neste romance, como o substrato que fundamenta a fabulação ficcional. A partir daí, e desenvolvendo os caminhos possíveis, o escritor chega até a vislumbrar, receoso, um rumo de transformação assustador. Em bela…
ROSIANA 082 – As crônicas e os costumes…
"Voltando à História: as crônicas do sertão, e particularmente da região do São Francisco, fornecem muito material ao escritor. Seja nos resumos que faz, citando nomes e topônimos, das proezas sangrentas dos coronéis daquela zona;…