“Mas uma coisa que ninguém vê e nota é a contínua derrubada de árvores velhas, vetustas fruteiras, plantadas há meio século, que a avidez, a ganância e a imbecilidade vão pondo abaixo com uma inconsciência lamentável.
Nos subúrbios, as velhas chácaras, cheias de anosas mangueiras, piedosos tamarineiros, vão sendo ceifados pelo machado impiedoso do construtor de avenidas.”
Lima Barreto. “A derrubada”, Correio da Noite, 31-12-1914 In: Toda crônica, volume I: 1890-1919. Rio de Janeiro: Agir, 2004. p. 133.