A história da memória visou vetores da memória óbvios
A política de memória do Estado, associações de preservação da memória, a historiografia etc
p.96:
“a história da memória concentrou-se sobretudo nos
vetores de memória imediatamente identificáveis:
a política de memória do Estado,
as associações de preservação da memória,
as representações do passado no cinema ou na literatura,
a historiografia – o ângulo tradicional pelo qual há muito se estudam as representações do passado -,
que por definição implicam representações explícitas e voluntaristas do passado, de tendência ideológica e unificadora.
Ela se debruçou sobre a memória de grupos diretamente sensibilizados pela questão do passado e de seu papel na formação e manutenção de uma identidade coletiva:
memória do operariado,
memória das mulheres,
memória dos judeus.
A história da memória constitui enfim um elemento doravante essencial na análise das culturas políticas, como atestam os numerosos trabalhos sobre a memória gaullista ou a memória comunista, ou ainda a experiência recente conduzida por Jean-François Sirinelli, que, no quadro de uma história geral das direitas francesas, dedica quase um livro inteiro a essa questão.”
(página 96)
ROUSSO,Henri. “A memória não é mais o que era” In: MORAES,M. & AMADO,J. (Orgs.) Usos e abusos da História Oral. Rio de Janeiro: FGV,1998.2.ed.