“(…) Proust, acima de tudo, é o romancista do sono: ‘Não podemos descrever bem a vida dos homens se não a fizermos mergulhar no sono em que ela submerge e que, noite após noite, contorna-a como uma península delimitada pelo mar’. Nos sonos, pois todo sono difere dos demais dependendo das substâncias ou das circunstâncias que o provocam, cada um gera seus sonhos particulares, seus pesadelos. Cada um é Goya para si mesmo.”
TADIÉ, Jean-Yves. O lago desconhecido: Entre Proust e Freud. Porto Alegre: L&PM, 2017. p. 19