“Essa sociedade, formada por um conjunto de indivíduos egocentrados sem nenhuma conexão entre si, em busca apenas da própria satisfação (o lucro, o prazer ou seja lá o que for), estava sempre implícita na teoria capitalista. Desde a Era da Revolução, observadores de todos os matizes ideológicos previram a consequente desintegração dos velhos laços sociais na prática e acompanharam seu desenvolvimento. É conhecido o eloquente tributo do Manifesto Comunista ao papel revolucionário do capitalismo. (‘A burguesia (…) despedaçou impiedosamente os diversos laços feudais que ligavam o homem a seus ‘superiores naturais’, e não deixou nenhum outro nexo entre homem e homem além do puro interesse próprio.’) Mas não foi exatamente assim que a nova e revolucionária sociedade capitalista funcionou na prática.”
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